Obrigado Amsterdam

Hoje foi a entrega das chaves do nosso primeiro apartamento em Amsterdam.

Só tenho a agradecer.

Muitas lembranças, muitos perrengues, muitas alegrias passamos naquele apartamento.

Quando viemos a Ma ainda estava gravida, então temos a lembrança de preparar tudo pro Theozinho antes da vinda dele. Arrumamos o quarto, separamos as coisas, colocamos armario, berço, tudo.

No dia que o Theozinho veio, estavamos com visita, meu grande amigo Cello estava nos visitando durante o final de semana enquanto estava fazendo um treinamento em Paris.

Parece mentira, mas no domingo de manhã quando ele acordou eu disse “estamos indo pro hospital”, me lembro até hoje.

Antes do hospital, me lembro da gente ligando pra midwife desesperados porque as contrações tinham começado.

A Ma acordou de madrugada com dor e ficou na banheira, na agua quente esperando eu acordar.

Quando acordei, ela “estou tendo contrações”, e ligamos o app para medirmos e avaliar se era hora de ligar pra midwife: era.

Assim que ela chegou, mediu a dilatação, depois descemos a escadinha do apartamento e pedimos um uber. Naquela época não tinhamos carro ainda.

Fomos ao hospital e o Theozinho nasceu 😀

Voltando pra casa, me lembro subindo as escadas com ele e pensando “caraca, que dahora, agora ele vai conhecer sua nova casa, seu novo lar”.

E assim entramos em casa, com o pé direito.

De lá pra cá foi só alegria.

Se quiser conhecer, acabei de postar o vídeo que fiz ontem nele:

Esse apartamento chamamos de lar. Embora tenha sido apenas um aluguel, ele serviu de base para nos estabelecermos em Amsterdam.

Localizado perto da estação Europaplein, tivemos fácil acesso ao centro. Fora que, do centro mesmo, estávamos apenas 3km de distância.

Vez ou outra eu ia correndo até o centro durante meus treinos.

Me lembro uma vez que acordei as 5h da manha pra ir correr, enquanto ainda trabalhava na Miro, e o trajeto da corrida foi: casa, trabalho, casa.

E isso no inverno. Naquela noite tinha caído bastante granizo, então enquanto eu tava correndo eu sentia “creck creck”, do gelo no chão.

Foi uma experiência bem legal, minha primeira vez correndo de madrugada num frio de 0 graus, com gelo no chão.

Durante esse tempo eu ia pro trabalho de bike. Tinha alugado uma Swapfiet, 15 conto por mês, bem em conta. O trajeto levava menos de 15 mins. Surreal.

Depois mudei de trabalho novamente, fui pra outro lugar mais longe, 30-40 mins de bike. Mas tudo bem, afinal, estava de bike 🙂

Foi lá também que eu criei um percurso de 10kms de corrida que fazia quase todos os dias na volta do trabalho. E descobri o parque Amstel. Lindo demais, recomendo visitar, eles tem inclusive um mini zoolodico lá. Bem legal.

Foi lá também que fiz meu percurso para a meia maratona de Amsterdam. A primeira que corri.

Meus treinos pela região sempre variavam entre 17 e 19 kms.

O acesso pra todos os lugares era bem rápido. Do lado da estação RAI, chegava em praticamente todo lugar de trem.

Visitamos Gouda, Utrecht, Den Haag, Rotterdam, tudo de trem.

Depois que compramos o carro facilitou, claro, mas mesmo assim o acesso a estação RAI era uma mão na roda, inclusive ao ir pro aeroporto.

De lá conhecemos várias cidades lindas de carro: Naarden, Volendam, Edam, Alkmaar, Bloemendaal an Zee, enfim… sendo essa última uma praia que a gente visitava com “frequência”. Um gelo, mas linda e sem muita gente. Dava uns 30 mins de carro de Amsterdam.

Uma cidade que lembrei também foi Leeuwarden. Me lembro até hoje desse dia.

Essa parte vale um video: mas eu estava procurando há meses onde comprar o PS5 e não encontrava mais. Até que um dia eu tinha desistido e resolvi procurar o PS4 Pro pra comprar, porque eu tava querendo jogar há muito tempo… procurei e só encontrei em Leeuwarden uma unidade disponível.

Isso era domingo de manhã, virei pra Ma e falei “vamos pra Leeuwarden? Tem o PS4 Pro lá”, sorte que ela disse sim.

Chegando lá eu perguntei do PS e ela disse que não tinha mais, que a unidade que tava no estoque tinha sido uma devolução pois estava com defeito. A minha cara de decepção foi gigante.

Até que eu cheguei pra Ma e disse “será que tem o PS5 então?”, e ela “pergunta, o não voce já tem”, perguntei e não é que tinha!!!

Foi um dia sensacional.

Voltamos com o brinquedo novo no trem de lá até Amsterdam de volta. Foi uma aventura. Tive até que envolver em papel de presente pra não chamar a atenção. Naquela época o PS5 valia ouro.

Fora essa viagem, varias comidas, varios videos eu fiz lá.

Montei até um mini studio no quarto, onde era fácil para gravar os vídeos. Alguns eu gravava de manhã, com um medo danado de acordar o Theozinho antes de ir pro trabalho.

Aquela sala também me viu acordar diversas vezes de madrugada. Joguei muito enquanto estava acordado, foi bem legal.

Enfim, muitas memórias boas.

Obrigado por tudo Amsterdam!!

Abraço,

LB

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